Os bons resultados na exportação de carnes registrados nos primeiros dias do mês diluíram-se no transcorrer da segunda semana de julho (5 a 11, cinco dias úteis). Tanto que a receita média diária do período, de US$58,584 milhões, foi quase 22% menor que a da primeira semana.

Em decorrência, a média diária dos primeiros oito dias úteis de julho (pouco mais de um terço dos 23 dias úteis do corrente mês) recuou para US$64,643 milhões, tornando-se negativa (-7,8%) em relação a julho do ano passado. De toda forma, ainda se encontra 3,4% acima da média diária de junho passado e como este mês tem dois dias úteis a mais isto pode ter grande significado no fechamento de julho.

O mais importante, porém, é que a redução do ritmo na passagem de uma semana para outra não significa redução dos embarques ou da receita cambial em relação ao mês anterior ou, mesmo, a idêntico mês do ano passado. Ao contrário.

Mantido o comportamento atual, a carne suína tende a encerrar o mês com receita e volume cerca de 50% maior que no mês anterior. E embora alcance preço médio perto de um quarto menor que o do mesmo mês do ano passado, seu volume tende a crescer mais de 70% e a receita mais de 30%.

O ritmo dos embarques da carne de frango caiu em comparação à semana inicial do mês. Mesmo assim as 18.674 toneladas diárias exportadas nos primeiros oito dias úteis do mês sinalizam resultado final ainda melhor que o de junho passado, ou seja, algo próximo das 430 mil toneladas – um novo recorde e quase 100 mil toneladas a mais que o registrado há um ano, quando as exportações de carne de frango in natura somaram 337 mil toneladas, maior volume de 2014.

Nesse cenário, o desempenho mais fraco fica com a carne bovina. Pois enquanto as carnes de frango e suína sinalizam receita cambial e volume positivos em relação a julho do ano passado, a bovina tende, por ora, a uma redução de mais de 20% nos dois indicadores.