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Sábado, 20 de abril de 2024

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Centro-Oeste de MT

Operação detecta desmatamento ilegal e aplica mais de R$ 2 milhões em multas em MT

Foto: Reprodução/Ilustração

Operação detecta 2 mil hectares de desmatamento ilegal e aplica mais de R$ 2 milhões em multas em MT

Operação detecta 2 mil hectares de desmatamento ilegal e aplica mais de R$ 2 milhões em multas em MT

A operação de combate ao desmatamento desencadeado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), atuou 12 propriedades rurais localizadas no Centro-Oeste de Mato Grosso, aplicando um total de R$ 2,7 milhões em multas, durante a sua 6º edição. Além do desmatamento, foram flagrados queimadas ilegais e transporte irregular de madeiras.

De acordo com a Sema, foram encontrados 2,09 mil hectares de desmatamento ilegal e queimadas não autorizadas. As propriedades atuadas ficam localizados nas proximidades dos municípios de Nova Ubiratã, Sorriso, Nova Mutum e Feliz Natal, entres os dias 24 de junho a 3 de julho. Foram fiscalizados 20 propriedades, sendo 12 atuadas por crime ambientais.

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Segundo o balanço da operação, o município de Feliz Natal, apesar de ter saído da lista suja do Cadastro Ambiental Rural (CAR), já possui 78% do seu território inserido no sistema nacional para redução dos índices de desmatamento ilegal.

Para o major da PM Fagner Augusto do Nascimento, superintendente de Fiscalização da Sema, a fiscalização tem como objetivo realizar varreduras dos programas de controle e monitoramento da Amazônia (SAD-Imazon/Inpe) e também de dados do Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento (Lapig) da Universidade Federal de Goiás (UFG), que fornece informações em tempo real de desmatamento em área de Cerrado. “Nós encontramos muitos casos de degradação florestal nessa região, que é quando o proprietário extrai madeira de forma ilegal, depois põe fogo até que a área esteja propícia para o desmatamento de ‘corte raso’, que normalmente é realizado para plantar pasto", concluiu o major Fagner.

Entre as ocorrências, os fiscais flagraram também, em Nova Ubiratã, o transporte e comércio de madeira fora das normas práticas da Guia Florestal e de exploração seletiva, o município foi multado em R$ 187 mil por queimadas ilegal em uma área de 130 hectares. Em Nova Mutum, dois proprietários foram multados em R$ 100 mil por descumprimento de embargo.

Balanço da operação

De abril a junho de 2015, as equipes de fiscalização da Sema e do Batalhão de Polícia Militar Ambiental vistoriaram 20,6 mil hectares de florestas em Mato Grosso. Desse total, 17% ou 3,5 mil hectares representam áreas que já foram autuadas e embargadas; outros 7,1 mil hectares estão em processamento pela Superintendência de Geoinformação e Monitoramento Ambiental.

Os restantes 9,9 mil hectares compreendem: pontos falsos de identificação de desmatamento ilegal ou de dano ambiental, áreas já autuadas, sem acesso ou sem identificação. A fiscalização florestal, até o mês de junho, abrangeu 28 municípios de Mato Grosso. A escolha dos municípios é feita a partir de levantamento prévio (programação de viagens) das regiões que apresentam maiores áreas de desmatamento, que passam a serem consideradas como 'áreas críticas'.

Sobre o município

Feliz Natal é um dos maiores munícios de Mato Grosso, compreende 11.448,049 km² ou 1,164 milhão de hectares, a maior parte integra o Parque Nacional do Xingu (que não é passível de cadastramento ao CAR).

Uma parte da economia se baseia na agricultura, com cerca de 100 mil hectares cultivados, mas o carro-chefe é o setor da base florestal. Mesmo fora da lista suja, é o terceiro no ranking de desmatamento ilegal, com 4,9 mil hectares derrubados no ano passado, só perdendo para Colniza (14,5 mil hectares) e Nova Bandeirantes (7 mil hectares). Dados do satélite de referência Inpe apontam que Feliz Natal é o segundo no ranking em focos de calor este ano, com 215 focos identificados de 1º de janeiro até quinta-feira (09.07).

No ano passado, entre janeiro e dezembro, somou 834 focos de calor, ficando em 5º na lista. Além de Feliz Natal, outros dois municípios entre os 10 mais críticos também receberão audiências públicas: Juara (14.07) e São Felix do Araguaia (30.07).
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