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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Setor da suinocultura tem balanço positivo no primeiro semestre

Em Santa Catarina, os investimentos estão aumentando na indústria e no campo. Fábio Crivelatti decidiu deixar a vida na cidade, onde trabalhava como eletricista e foi para um sítio em Capinzal para criar vacas de leite. Mas foi na criação de suínos que ele viu a chance de melhorar a renda no campo. “Trabalhava pro patrão, o lucro ia pra ele e eu sobrava mil reais. Não me arrependo de ter largado a cidade e ter voltado pro interior.”

Fábio investiu R$ 260 mil na construção de uma granja para abrigar 550 animais. O dinheiro veio de um financiamento. Para driblar a falta de mão de obra, apostou na automação. A alimentação é oferecida no horário programado. A temperatura ambiente também é controlada.

Assim como a maioria dos criadores do centro-oeste catarinense, Fábio é integrado a uma agroindústria da região. Ele recebeu os leitões com 21 quilos. Os animais vão pro abate pesando em média 100 quilos a mais. Fábio teve um custo de R$ 18 por animal durante a engorda. “Pelo que estou acompanhando vou ganhar R$ 25 a R$ 26 a cabeça. É um bom dinheiro pago pelo suíno hoje.”

o otimismo de Fábio, que está começando no negócio, também é visto entre a maioria dos criadores, de acordo com o presidente da associação, Lozivânio de Lorenzi. No início do ano, o valor pago ao produtor era de R$ 3,40 pelo quilo do suíno. Hoje é de R$ 2,80. Mesmo com essa redução e com o aumento nos custos de produção, o balanço do semestre ainda é positivo.

“Tivemos um primeiro trimestre bom e o segundo não tão bom assim. Mas no equilíbrio ainda saiu com boa margem de lucro, mantendo a atividade bem promissora”, diz Lozivânio de Lorenzi.

Se no campo a expectativa dos criadores é por melhores preços, nas agroindústrias, o momento e de aumentar as vendas. O caminho escolhido é o da exportação. De olho no mercado externo, a Cooperativa Aurora investiu R$ 86 milhões na ampliação e adequação do frigorífico em Joaçaba. O investimento já vem dando resultado.

Só nesta semana a unidade recebeu missões da China e da Venezuela e a empresa fez o que pode pra agradar os visitantes. A unidade abate três mil suínos por dia e a meta da cooperativa é exportar metade disso. “Daqui a 45, 60 dias vai recuperar um pouco mais e torcemos para que os outros países continuem comprando a nossa carne suína”, fala o presidente da cooperativa Mario Lanzani.

O Brasil produziu 3,4 milhões de toneladas de carne suína no ano passado. A previsão da Associação Brasileira de Proteína Animal é de chegar a 3,5 milhões de toneladas este ano.
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