A maior oferta de animais somada ao baixo consumo da proteína animal, levou a arroba do boi gordo na terceira semana de junho a apresentar a maior queda de preço em 2015. A desvalorização foi de 0,75%, levando a semana a fechar em R$ 133,85 a arroba. Entretanto, ao se comparar o volume de abates ante 2014 constata-se uma queda de animais levados para a indústria de aproximadamente 17%.

Segundo o Boletim Semanal da Bovinocultura, do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a maior oferta de animais na variação mensal, somada ao baixo consumo, é a justificativa dos compradores (indústria). Em maio 374,7 mil cabeças foram abatidas, volume superior as 332,4 mil cabeças de gado abatidas em abril.

Leia mais:
Estoque de machos é o pior em nove anos; Mato Grosso tem apenas 3,9 milhões de cabeças
Frigorífico paralisa as atividades em MT e dispensa 700 funcionários

"Ademais, observam-se preços firmes e com pequenas variações no varejo da região cuiabana. Esta estabilidade nos preços da carne bovina também é constatada na capital paulista (IEA), onde se encontra o maior mercado consumidor do Brasil, demonstrando alinhamento entre a oferta e a demanda de carne. De toda forma, é fundamental que o produtor esteja atento ao movimento do mercado, pois qualquer variação no preço pode interferir na rentabilidade da atividade", destaca o Imea, em seu boletim divulgado na segunda-feira (22).

Abates

Entre janeiro e maio de 2015, Mato Grosso abateu 1,9 milhão de cabeças de gado. A média mensal é de 379,8 mil cabeças em 2015 contra 460,1 mil cabeças em 2014. O volume é 17,45% menor que o constatado em 2014 no período.

Em 2015 o percentual de abate de fêmeas destinadas para o abate está em 49,91%, até maio. Em 2014 era de 44,62%.