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Quinta-feira, 28 de março de 2024

Notícias | Pecuária

Carne de pato está em plena valorização, mas faltam criadores em Minas

Mercado crescente no país, onde quem está consegue aumentar seus lucros em mais de 20% ao ano, no estado a ave ainda não fisgou de jeito os produtores rurais. Uma das justificativas pode estar no investimento inicial: esse tipo de criação, voltada para o comércio de carnes, é caro. Apesar disso, entre os restaurantes que procuram atender ao paladar de uma clientela exigente, a ave tem uma demanda em constante crescimento. Tanto que os mineiros, mais especificamente moradores da capital, já estão entre os que mais consomem cortes de patos no país. Em Belo Horizonte, o preço do quilo da carne praticamente duplicou nos últimos dois anos, chegando a R$ 26,90, o que mostra também o potencial desse mercado.

Rica em proteína e extremamente saborosa, a carne de pato é comum em muitos restaurantes europeus, principalmente, na culinária francesa. Para se ter ideia, o número de brasileiros que viajam para o exterior cresce cerca de 10% ao ano, sendo que, de acordo com dados da Organização Mundial do Turismo (OMT), entre os destinos preferidos pelos turistas, está a França. Talvez por isso, conhecendo lá o gosto da carne de pato, muitos busquem no Brasil o mesmo sabor. “Nos grandes centros brasileiros, como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, a ave está na mesa de restaurantes especializados nas culinárias francesa e chinesa. No Norte do país, por exemplo, é uma receita tradicional”, comenta Marcondes Moser, diretor de operações e sócio da Villa Germânia – empresa referência em criação e vendas de carne de pato no Brasil.

Com sede em Santa Catarina, a Villa Germânia, conforme explica Marcondes, atende dois mercados atualmente: externo e interno, sendo que a exportação das carnes corresponde a 60% do negócio. “Somos líderes em vendas para o Oriente Médio e para o Japão”, conta o executivo, que diz ainda ter distribuição para todo o Brasil. São Paulo e Santa Catarina são os maiores clientes, seguidos por Rio de Janeiro e Minas Gerais, mais especificamente, Belo Horizonte. “Não há muita concorrência nesse mercado. É uma criação que, para um pequeno produtor, é quase inviável, por causa dos custos”, afirma.

Marcondes revela que a Villa Germânia importa as patas mães da Inglaterra e da França – cada ave sai por cerca de R$ 80. A empresa compra de três a quatro lotes por ano, com 10 mil fêmeas por lote. “Ao importarmos, enfrentamos processos burocráticos no Ministério da Agricultura”, revela. A importação de aves da Europa é necessária, conforme esclarece Marcondes, porque nesses países as empresas fazem aprimoramentos genéticos que aumentam a qualidade da carne.

Tradição é de frangos

A falta de tradição justifica a ausência de grandes criatórios de patos no estado. De acordo com a Associação dos Avicultores de Minas Gerais (Avimig), realmente não existem grandes produtores de patos em território mineiro. “O que pode ter são pequenos produtores, de fundo de quintal. A produção industrial &e
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