Olhar Agro & Negócios

Sexta-feira, 19 de abril de 2024

Notícias | Cotação

Frango inteiro é quem puxa para baixo as exportações da avicultura de corte

Uma das máximas da economia indica que produtos com menor valor agregado (ou seja, mais baratos) são os que ganham maior espaço nos momentos de crise financeira. Como, sob esse aspecto, o mundo (não apenas o Brasil) caminha tropegamente, seria de supor que, entre os itens de carne de frango exportados pelo País, o frango inteiro ampliaria mercados, visto ser o de menor custo. Mas não está sendo bem assim. Aliás, muito pelo contrário.

Analisando-se as exportações brasileiras de carne de frango dos últimos 12 meses, constata-se que o item que vem puxando para baixo os resultados do período é exatamente, o frango inteiro. Porque é o único a apresentar, a um só tempo, redução de volume e de preço.

Explicando, os outros três itens (cortes, industrializados e carne salgada) ou apresentaram redução de volume ou de preço médio. Já o frango inteiro perde nos dois quesitos e, portanto, também na receita cambial.

Não só isso. Pois enquanto as perdas apresentadas pelos outros três itens são pouco significativas, as do frango inteiro são bastante sensíveis.

Assim, por exemplo, a redução de 5,76% no volume de industrializados de frango correspondeu a menos de 10 mil toneladas não exportadas. Já os 7,8% de queda do frango inteiro representam 113,6 mil toneladas a menos – o suficiente para neutralizar, quase totalmente, o aumento de 157,4 mil toneladas dos cortes e de 3,8 mil toneladas da carne salgada.

Em suma, a despeito da queda no preço médio (fato natural frente à valorização cambial), volume e receita das exportações brasileiras de carne de frango seriam bem melhores não fosse a queda de volume experimentada pelo frango inteiro.
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