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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

Notícias | Meio Ambiente

Crise econômica passa longe do setor florestal em Três Lagoas

Mesmo em contração econômica, a capital mundial da celulose – o município de Três Lagoas - permanece em ritmo de crescimento. Dados da Junta Comercial de Mato Grosso do Sul (Jucems) apontam que, neste ano, já foram abertas 209 empresas no município, ou seja, mais de duas empresas são constituídas por dia no município. Outro dado positivo é que neste ano apenas 63 empresas foram extintas - número considerado baixo para a Jucems e, em contrapartida, o índice de sobrevivência das empresas chegou a quase 70%, o que é considerado alto pelo próprio estudo da Junta.

O desempenho positivo da economia no município, conforme o diretor da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Três Lagoas, Ottony Ornellas, pode ser atribuído às boas perspectivas do setor florestal. “A expectativa de novos empreendimentos no setor vem motivando alguns empresários, que perderam dinheiro em função de outros negócios, a buscar formas de prestação de serviço. O anúncio da possibilidade da segunda linha de produção da Fibria, por exemplo, elevou a autoestima do empresário, que em vez de fechar as portas do seu negócio ou simplesmente parar de investir, começou a perceber novamente a possibilidade de crescimento para a região neste ano”, disse Ornelas por meio de nota.

Diante deste cenário animador, a feira Três Lagoas Florestal tem todos os ingredientes para contribuir de forma decisiva com mais uma dosagem no aquecimento da economia do município. Na primeira edição da feira, em 2012, por exemplo, representou um incremento de R$ 6 milhões na economia local mais R$ 42 milhões em negócios fechados. Em 2012, foram recebidos - na feira - 15 mil visitantes e 120 empresas expositoras. A expectativa este ano é 20 mil visitantes e 150 empresas expositoras, gerando cerca de R$ 60 milhões em negócios fechados. “É uma expectativa para Três Lagoas. Esta feira florestal porque rendeu bons frutos comerciais para o município em 2012 e deve render ainda mais neste ano. Com certeza o empresário está ansioso”, aponta diretor.

Sobre a capacidade de consumo do município, o diretor de Desenvolvimento Econômico, Ottony Ornellas, informa que não há nenhuma dúvida que o setor florestal emprega uma quantidade significativa de mão-de-obra direta e indireta, portanto, influencia na sustentação e elevação do poder aquisitivo de Três Lagoas. Segundos dados informados pela Diretoria de Indústria, os empreendimentos de celulose geram diretamente em suas unidades algo em torno de 600 a 700 postos de trabalho e, no setor florestal, em momentos de pico de plantio, o número salta para 1.200 postos de trabalho.

“Devemos ressaltar que estes postos de trabalho são apenas relativos às empresas de celulose, sem levar em consideração todos os outros serviços gerados para atender a demanda de celulose, que utiliza usinagens, oficinas mecânicas, prestadoras de serviços específicos sem deixar de citar aquisição de produtos no comercio local que acabam gerando postos de trabalho. São empresas de serviços variados que vão de limpeza até comunicação visual, o que movimenta todo o cenário comercial”, detalha Ornellas.
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