A conta de energia em Mato Grosso e demais Estados deverá subir mais 6%, além dos 23,4% fixados em fevereiro. O novo incremento foi anunciado pelo diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino, durante explicação dos últimos aumentos para os deputados federais da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, nesta terça-feira (24).
O novo aumento é provocado pelo empréstimo bancário de R$ 3,4 bilhões para as distribuidoras de energia, previsto para o dia 30 de março.
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De acordo com a Aneel, há uma previsão de que as tarifas de energia elétrica venham a registrar queda após cinco anos. “A tarifa é majorada nesse patamar e permanece durante 54 meses”, declarou o diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, para a Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, conforme a Agência Câmara.
O governo federal, junto com banco privados, realizaram empréstimos para as distribuidoras de energia de R$ 17,8 bilhões aproximadamente para manter o preço da energia elétrica estável, diante o aumento do uso das termelétricas desde o final de 2014. As distribuidoras possuíam um prazo de 24 meses para quitar os empréstimos, entretanto o tempo para o pagamento foi estendido para 54 meses.
O diretor-geral da Aneel ainda declarou na audiência pública na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, que o reajuste de 6% será "pouco impactante", diante os demais custos já incorporados na conta, como é o caso do aumento de R$ 3 para R$ 5,50 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) da bandeira tarifária vermelha.