Mato Grosso é o 8º estado a aderir o Programa de Melhoria da Qualidade Genética do Rebanho Bovino Brasileiro (Pró-Genética). O programa possibilita a captação de linhas de financiamento de aproximadamente R$ 6 mil para aquisição de touros reprodutores. O valor é por cabeça. Para o setor pecuário a entrada de Mato Grosso no Pró-Genética pode trazer fortalecimento na cadeia produtiva do leite, bem como possibilitar a reposição de bezerros.
O Pró-Genética chega a Mato Grosso através de um termo de cooperação técnica assinado entre a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) e a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato).
O programa visa atender pequenos e médios produtores de Mato Grosso.
Conforme o presidente da ABCZ, Luiz Cláudio Paranhos, a disponibilidade do financiamento será de acordo com o tamanho da propriedade do produtor. O limite por touro é cerca de R$ 6 mil. “Mas, a maioria que busca o Pró-Genética é para informações”, comenta. Paranhos ressalta ainda que 60% dos produtores que buscam o programa usam recursos próprios para a aquisição dos animais.
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Para o presidente da Famato, Normando Corral, é buscando o melhoramento genético que se consegue aumentar a produção sem ter de ampliar a área.
Mato Grosso possui hoje um rebanho de aproximadamente 28,5 milhões de cabeças, dos quais em torno de 11 milhões de cabeças são fêmeas aptas para reprodução. “O Pró-Genética vem para facilitar a compra de reprodutores. Este ano tivemos um sério problema de mortandade de bezerros, mais precisamente na região do Pantanal, devido à cheia e os que sobreviveram não possuem a qualidade desejada”, comenta o presidente da Comissão Pecuária da Famato, João Gouveia Neto.
Segundo Gouveia Neto, hoje um touro reprodutor varia de R$ 4 mil a R$ 20 mil.
Incentivador da melhoria genética de bovinos, o proprietário do Grupo 5 Estrelas, Getúlio Vilela, comenta que já possui, inclusive, touros prontos para a comercialização, bem como o sêmen dos mesmos. “O programa é importante. No caso da pecuária leiteira principalmente, pois Mato Grosso tem potencial por ter água e alimento em abundância”.
