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Terça-feira, 14 de maio de 2024

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Concessão de Miritituba é mudança radical na forma de transportar em MT, destaca ministro

Foto: Olhar Direto

Ministro comemorou primeiro contrato de concessão após MP dos Portos

Ministro comemorou primeiro contrato de concessão após MP dos Portos

O ministro da Agricultura Neri Geller (PMDB) classifica como um marco ao setor produtivo a assinatura de convênio entre a empresa Cianport (Companhia Norte de Navegação e Portos) e a Secretaria dos Portos da presidência da república para a concessão por 25 anos dos terminais de Miritituba (PA) e Santana (AP), que servirão ao escoamento da produção de grãos de Mato Grosso por hidrovias da região norte do país.


Segundo o ministro, essa assinatura é simbólica porque é a primeira que se faz após a assinatura da MP dos Portos e traz a iniciativa privada para investir nos portos e a ajudar o governo a resolver gargalos da logística.

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“O momento realmente é importante. Este convênio é um ato que traz na sua essência uma mudança radical na maneira de transportar. Mato Grosso está sendo vanguarda na produção nacional. Temos hoje mais de 47 milhões de toneladas de grãos, perfazendo aproximadamente 29 a 32% da produção nacional”, comemorou.

De acordo com Neri, a concessão reduzir o desperdício de dinheiro com o envio da produção aos portos de Santos e Paranaguá.

“Esta produção acaba congestionando, gastando dinheiro e divisas que podem ficar nas mãos da produção e ser reinvestido com emprego e renda. Com esta reestruturação portuária que vai ter por eixo a BR 163, vamos dinamizar esta produção nacional e aumentar divisas ao país”, frisou.

Termo de adesão

A Cianport investirá R$ 370 milhões na construção dos terminais portuários de Miritituba (PA) e Santana (AP), além de 46 barcaças e dois rebocadores para o escoamento de grãos pelos rios Tapajós a Amazonas.

Localizado na margem direita do rio Tapajós, Miritituba tem custo estimado em R$ 45 milhões, funcionará como terminal de transbordo e terá a capacidade de movimentar 4,5 milhões de toneladas de carga por ano. Situado no município de Itaituba, o porto fica a 340 quilômetros de Santarém (PA) e vai desafogar o trecho norte da BR 163, ainda em fase de duplicação.

Os empreendimentos serão financiados em 20 anos por meio do Fundo da Marinha Mercante (juros entre 7,5%/aa para peças nacionais e 8,5%/aa para importadas), além de Finame (6%/aa) e pelo BNDES (8,5%/aa). O início das operações está previsto para meados de 2016.

Consultor contratado pela empresa para projetar todas as etapas do projeto, Luiz Antônio Pagot informou à reportagem que o porto de Santana (AP) já está em construção ficará pronto em dezembro. Segundo ele, a frota fluvial já está em fase de montagem no Estaleiro Rio Negro (Erin), localizado em Manaus, e no Estaleiro Amazonas AS (Easa), com sede em Belém, e os dois primeiros empurradores ficarão prontos até setembro.

“Estamos construindo uma estação de transbordo de carga, esse é o nome, em Itaituba, lá no Rio Tapajós. O terminal de grãos terá cinco silos de 11 mil toneladas, recepção, balança, tombadores, um fluxo de transbordo de mil toneladas por hora e uma estação flutuante de transbordo. Ou seja, um porto flutuante onde as barcaças vão atracar para se carregar”, afirmou Pagot.

A companhia Cianport é resultado da união Agrosoja de Sorriso, de propriedade de Cláudio Zancanaro, e a Fiagril, do empresário Marino Franz e com sede em Lucas do Rio Verde.
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