Há anos que no Brasil, em especial Mato Grosso, se vem lutando pela intermodalidade de transportes. Hoje, cerca de 60% a 70% do escoamento da produção agropecuária é feita no Estado por meio de rodovias em péssimas condições de trafegabilidade. A instituição de hidrovias é um dos pontos prezados pelos produtores de Mato Grosso, tanto que no final de maio uma missão pela Europa foi realizada, aonde se verificou o potencial intermodal daquele continente.

A viagem organizada pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) percorreu países como a Bélgica, Holanda, Alemanha e a Antuérpia. A visita teve como objetivo conhecer a infraestrutura de transporte destes países.

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Conforme o diretor-executivo do Movimento Pró-Logística, Edeon Vaz Ferreira, em termos de investimentos em hidrovias o Brasil está dois séculos atrasado.

Durante a visita na Europa o grupo visitou os principais portos e conheceu de perto hidrovias e ferrovias. “Os europeus têm soluções fantásticas de engenharia. O continente hoje é integrado por meio das hidrovias", frisa Edeon, salientando que ao contrário da Europa as obras no Brasil seriam bem mais simples.

Nuremberg, na Alemanha, não possui ligação com o mar, contudo a cidade recebeu um canal para realizar o escoamento da produção entre os rios Danúbio e Meno. De acordo com a Aprosoja-MT, é a maior rota comercial hoje da Europa com 171 quilômetros.

"Aqui no Brasil, estas soluções deveriam ser simples e rápidas. Não precisamos nem de 10% das interferências adotadas na Europa, apenas de obras básicas”, pontuou o produtor rural e guia da viagem Ricardo Arioli Silva.