A agropecuária de Mato Grosso será muito mais competitiva nos próximos dez anos do que é hoje com investimentos em logística de transportes. A avaliação é do senador Cidinho Santos (PR-MT) e tem por base os planos do governo e da iniciativa privada para escoamento da produção primária do Estado.

O senador elenca uma série de medidas que estão em andamento para reduzir o custo do frete até os portos do Sul e Sudeste e vê com bons olhos os empreendimentos para o escoamento da safra via portos do Norte, como o de Miritibuba, no Pará.

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“Acredito que nos próximos dez anos Mato Grosso vai ser um Estado com alto potencial produtivo e com grande competitividade pois vai colocar sua produção em outros países e continentes com preços muito mais acessíveis do que os de hoje”, destaca.

Cidinho afirma, no entanto, que é preciso mudar o modelo de concessão ferroviária e lembra que apenas a ALL (América Latina Logística) é responsável pelo transporte de cargas entre o terminal de Rondonópolis até Santos.

“Como é uma ferrovia monopolizada, ainda não temos uma concorrência no preço do frete. O modelo ideal que o governo está estudando é o de as empresas executarem os trilhos, entregarem à Valec e serem remuneradas por isso, e a Valec licitar e dar oportunidades para as empresas e cooperativas transportarem os seus vagões e transportarem sua produção. Acho que será um modelo mais viável para reduzir o preço do frete”, observa.

Na semana passada os ministros da Agricultura Neri Geller e dos Transportes Cesar Borges fizeram um balanço das ações integradas para evitar congestionamentos de caminhões para descarregar em Santos.

As ações fizeram cair em 10% o custo do frete entre janeiro e abril em relação aos quatro primeiros meses de 2013. Para Cidinho, a duplicação do trecho da BR 163 entre Mato Grosso do Sul e Sinop resultará em um enorme impacto na redução deste custo.

“O frete tem um valor muito alto atualmente. O setor produtivo está preocupado com este custo. Em primeiro lugar, a nossa medida é investir no escoamento pela saída norte, pelo porto de Miritituba. Tem que ser uma realidade o quanto antes”, frisou.