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Sexta-feira, 31 de maio de 2024

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água do céu

Chuva é o único fator que deixa os produtores rurais impacientes

Foto: Da Assessoria

Chuva é o único fator que deixa os produtores rurais impacientes
Sem chuva há muito tempo nas lavouras de Mato Grosso, os produtores estão preocupados com a produção da próxima safra. Com as máquinas paradas à beira da lavoura e todos impacientes esperando as primeiras gotas de água cair do céu. Mas isso é anormal somente de um lado da via que liga Cuiabá à Rondonópolis.


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Dentre todas as circunstâncias que influenciam o cultivo do campo, o clima continua a ser aquela variável que o produtor não pode controlar. A água não vem na altura do quilômetro 325 da BR-364. Enquanto os 300 hectares, ao lado direito da rodovia, sentido Cuiabá-Rondonópolis, esperam a chuva, pouco mais a frente, ao lado esquerdo da mesma via, a chuva cai sem economia. A lavoura já está germinando e a totalidade dos 760 hectares da propriedade já foi semeada. Se uma distância de apenas 15 quilômetros separam as propriedades, 80 milímetros de água fazem toda a diferença na vida dos dois produtores rurais.

Na fazenda Estância Retiro, onde os maquinários estão adquiridos há um anos “a bala está no gatilho”. Além disso, o operador possui curso de agricultura de alta precisão, as análises de solo foram feitas em taxa variável e a empresa conta com as instruções de uma consultoria, só falta a chover. Segundo Ismael Rendges, funcionário da propriedade, menos de 20 milímetros de chuva molhou a terra nos últimos dias. Nem mesmo a palhada do milho segunda safra teve umidade suficiente para germinar, a terra seca não tem condições de receber a semente de soja.

Já na Fazenda da Torre, a primeira chuva caiu há mais de 20 dias e os primeiros hectares de soja de ciclo curto foram semeados em 1º de outubro. Cinco dias depois, foi a vez da soja de ciclo longo ganhar espaço na terra. Com o solo todo semeado, o gerente da propriedade, Edgar Gustavo, tem humor para soltar um comentário, com ponta de sarcasmo, durante a entrevista. “Vocês estão falando em falta de chuva, presta atenção nesse barulho”, enquanto o teto de zinco tintila com as gotas de água que começam a cair.

Os mesmo ventos sopram nas duas fazendas e ambas apostam em uma produção com alto padrão tecnológico, mas o produtor ainda precisa confiar e esperar o prêmio da chuva, que ao acaso, escolhe os talhões de terra.
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