O coordenador do Movimento Pró-Logística, Edeon Vaz, é otimista com relação ao aumento da produção agropecuária em Mato Grosso nos próximos anos como decorrência dos investimentos que estão sendo feitos em logística para o transporte de cargas.
Ele prevê que, com o incremento de alternativas como duplicação de rodovias, construção de terminais ferroviários e interligação destes modais com os portos da região Norte, haverá ambiente satisfatório que permita novos investimentos e utilização de novas áreas, o que pode aumentar o volume produzido.
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Edeon Vaz lembra que Mato Grosso possui ainda cerca de 10 milhões de hectares de pastagens a serem utilizadas para produção de grãos em regiões onde ainda não há opções de escoamento, mas que no futuro serão atendidas por estradas e ferrovias ligadas aos portos da Amazônia.
“Mato Grosso produziu este ano 45 milhões de toneladas entre soja e milho. Nós estamos ocupando agora menos de 40 milhões de toneladas. Só de soja são 7,8 milhões de hectares ocupados. Temos ainda disponível só de pastagens para aumento desta produção mais 10,2 milhões de hectares. Nós facilmente podemos chegar a R$ 100 milhões de toneladas”, projeta.
Cenário futuro
Em entrevista ao
Agro Olhar, o presidente da Aprosoja-MT, Carlos Fávaro, chegou a afirmar que é possível o Estado colher até 150 milhões de toneladas nos próximos anos em função do aumento da produtividade e da expansão da produção em áreas de pastagens.
O coordenador do movimento Pró-Logística afirma que, fazendo algumas adaptações nas culturas, é factível alcançar este resultado no médio e longo prazo.
“À medida que a gente melhora a produtividade, aumenta o percentual de área ocupada por milho e melhora a produtividade de milho, eu calculo que, colhendo 50 sacas de soja por hectare e transformando 50% da área de soja em milho, com produtividade de 80 sacas por hectare de milho, se chega a 100 milhões de toneladas. Se melhorarmos a produtividade de soja e de milho podemos chegar a 150 milhões de toneladas”, calcula.