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Abertura de novos mercados fez com que tarifaço de Trump não afetasse setor da carne, diz presidente do Imac

06 Out 2025 - 11:20

Da Redação - Rafael Machado / Do Local - Jardel P. Arruda

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

Abertura de novos mercados fez com que tarifaço de Trump não afetasse setor da carne, diz presidente do Imac
O presidente do Instituto Mato-grossense da Carne (Imac), Caio Penido, afirmou que o tarifaço imposto pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não provocou impactos significativos no setor da carne bovina em Mato Grosso.


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Segundo ele, o mercado americano ainda era recente para o Brasil e rapidamente foi compensado pela abertura de novos destinos internacionais.

“Teve o tarifaço, foi um pânico, um risco grande para a cadeia. Mas os Estados Unidos eram um mercado que estava comprando muito recentemente, então não era uma dependência tão antiga”, explicou.

De acordo com o presidente do Imac, o cenário global acabou favorecendo a carne brasileira.

“Acho que a conjunção do mundo foi favorável para a carne bovina brasileira. Está faltando um pouco de carne no mundo. A gente abriu mercados novos, Filipinas, Indonésia, Vietnã. Outros mercados começaram a comprar mais, como México, Uruguai e Paraguai. Então, o mercado se rearranjou rapidamente, os preços estão aumentando”, destacou.

Penido ressaltou ainda que Mato Grosso vive um bom momento nas exportações do produto, batendo recordes. Questionado sobre uma possível reaproximação entre os governos brasileiro e americano para retomada do comércio da carne, ele demonstrou ceticismo.

“Acho difícil, né? Tem um lobby interno muito forte no mercado americano, dos produtores americanos. Eles acham que as fazendas têm que estar nos Estados Unidos e que o Brasil deve ser um conservador da biodiversidade. Terminaram fazendo muita dessa polarização”, afirmou.

Apesar disso, Penido ponderou que parte da cadeia produtiva norte-americana depende da carne brasileira para manter empregos e o processamento interno.

“Por outro lado, tem toda uma cadeia interna nos Estados Unidos que depende da nossa carne para reprocessar internamente, geração de empregos. A própria JBS é muito forte lá. Então, tudo pode acontecer, não sei exatamente”, comentou.
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