O presidente do Instituto Mato-Grossense da Carne (IMAC), Caio Penido, afirmou que o Estado está buscando expandir as exportações de carne para a região asiática. Atualmente, a China é a maior importadora de proteína vermelha de MT.
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Neste mês, o estado foi reconhecido com o certificado de zona livre da doença sem vacinação, o mais alto status sanitário concedido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). O reconhecimento marca o fim de uma jornada iniciada ainda na década de 1970, quando a febre aftosa era uma ameaça constante ao rebanho mato-grossense. O último foco da doença em Mato Grosso foi registrado em 1996.
De acordo com Penido, a certificação irá facilitar a comercialização da carne para exportação. Além disso, coloca o país 'par a par' com os maiores produtores de carne a nível mundial. Os Estados Unidos são atualmente o maior produtor de carne bovina do mundo. O Brasil ocupa o segundo lugar, e a China, o terceiro.
"Essa questão do Brasil ainda ter a vacinação, era um limitador para a gente acessar alguns mercados, então, de certa forma, é uma novidade para o mundo. A gente se igualou com nossos concorrentes nessa questão também, então, aos poucos a gente vai superando nossas deficiências e nos colocando como cabeceira mesmo, como países que tem tudo e a gente quer provar que a nossa carne é acima de qualquer questionamento", disse.
Mato Grosso deve ser um dos beneficiados com o aumento populacional previsto pelas Nações Unidas. Em 2080, espera-se que a população mundial atinja um pico de cerca de 10,3 bilhões de pessoas.
O Vietnã, ao lado de outros países como o Brasil e o Irã, está entre os que alcançarão o seu pico populacional até 2054, segundo a ONU. O Paquistão, juntamente com outros países como Índia, Indonésia, Nigéria e Estados Unidos, faz parte do grupo que continua a crescer demograficamente e cujos picos podem ser alcançados no final do século ou após 2100.
"A gente aqui pelo estado foca muito na China. Aquela região de Vietnã, Coréia do Sul, agora o Japão, são mercados interessantes, a gente tem uma ação de mercadológica com a China e de debate com a União Europeia, são os dois principais focos do debate, mas olhando as tendências mundiais, a população de países que consomem proteína animal bovina, no caso, a gente sabe que Egito vai crescer, Indonésia, Paquistão, o próprio Vietnã. São países que estão com previsão de crescimento populacional e população consumidora de carne. Então acho que o foco tem que estar na China, mas também nesse país, o Oriente Médio, todos são consumidores de carne, muitos dependentes da nossa carne, então não são tão grandes, mas juntos são um grupo importante, então acho que é esse pedaço aí do mundo que a gente tem que ter aliança mercadológica", ressaltou.