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Quarta-feira, 24 de abril de 2024

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2,19 milhões de cabeças

Abate de fêmeas em 2013 bate recorde e está 10% maior que no ano anterior

A região de Mato Grosso que mais mandou fêmeas para o gancho foi a Nordeste (Norte-Araguaia), com porcentual de 59,3%. Em seguida está o Noroeste do Estado, com 57,4%, seguido do Norte, 54,7%.

Foto: Ilustração

Abate de fêmeas em 2013 bate recorde e está 10% maior que no ano anterior

Abate de fêmeas em 2013 bate recorde e está 10% maior que no ano anterior

O abate de fêmeas bovinas em Mato Grosso atingiu recorde histórico de 2,19 milhões de cabeças entre janeiro e setembro de 2013, segundo dados do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado e Mato Grosso (Indea-MT) compilados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

O volume é 10,05% maior que o registrado no acumulado de 2012, quando foram abatidas 1,99 milhão de cabeças nos primeiros nove meses do ano. Segundo o Imea, esse descarte excessivo de fêmeas pode gerar impactos no rebanho estadual.

A região de Mato Grosso que mais mandou fêmeas para o gancho foi a Nordeste (Norte-Araguaia), com porcentual de 59,3%. Em seguida está o Noroeste do Estado, com 57,4%, seguido do Norte, 54,7%. As demais regiões dão o contrapeso, diminuindo a média estadual para 48,8%. No Sudeste o índice é de 46%, Centro-Sul, 45.6%; Médio-Norte, 38,8% e, Oeste, 34.4%.

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Os números foram baixados pelo cômputo de julho, agosto e setembro, cujas médias estaduais de abate de fêmeas foram de 44,4%, 41,8% e 35,1%. Antes, no primeiro semestre, o índice médio girou na casa dos 53%.

O perigo para a renovação do plantel está evidente já que as fêmeas que estão sendo enviadas aos frigoríficos atinge o estoque de fêmeas aptas à reprodução (mais de 24 meses). Historicamente, pelos cálculos do Imea, quando a porcentagem de fêmeas abatidas aptas à reprodução foi superior a 15%, o rebanho em Mato Grosso diminuiu.

“Neste ano o Estado, o porcentual está com uma relação de 18% e isso é um sinal de alerta claro para mais uma possível retração no rebanho de bovinos”, lembra o Imea.

Em 2012, o porcentual de fêmeas em idade de reprodução abatidas foi de 17%. Em 2006 e 2007, no auge da crise da pecuária em Mato Grosso, o índice foi de 18%. Entre 2008 e 2011, a porcentagem girou entre 10 e 14%.

Segundo o Imea, a demanda aquecida e a escassez de boiadas têm feito os pecuaristas encaminharem mais fêmeas para abate do que deveriam. A oferta de gado terminado para a indústria frigorífica instalada em Mato Grosso reduziu 10% na comparação de agosto com setembro de 2013, reduzindo o volume de 549,48 mil cabeças para o resultado de 495,18 mil cabeças.
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