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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Problemas de comunicação

Críticas dão lugar à parceria com PF e Maggi compara fases da Carne Fraca

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Críticas dão lugar à parceria com PF e Maggi compara fases da Carne Fraca
As críticas direcionadas a primeira fase da Operação Carne Fraca, em março de 2017, foram suprimidas este ano pelo alinhamento entre as ações da Polícia Federal (PF) e o discurso do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Durante o Gazeta Agro, realizado em Cuiabá na segunda-feira (12), o ministro Blairo Maggi afirmou que desta vez problemas foram corrigidos e que o setor está mais “tranquilo”. Isso porque a forma como a ação foi comunicada em 2017 teria prejudicado o mercado.

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“Desde o ano passado nos mostramos favoráveis, ninguém é contra a investigação. O problema foi como isso foi comunicado. Se você olhar, não teve nada de muito grave no processo. Esse ano, devido às investigações e nossa aproximação [com a PF], pedimos que quando deflagrasse uma operação que chamasse o pessoal do MAPA, que são aqueles que conhecem as e para que pudessem ajudar na comunicação. Foi o que foi feito agora”, explicou.

Deflagrada no início do mês, a terceira fase das operações foi  focada  exclusivamente  nos  indícios  de  irregularidade  na  emissão  de resultados de análises, oriundos de três laboratórios credenciados, para fins de respaldo à certificação sanitária, em três abatedouros registrados junto ao Serviço de Inspeção Federal. Os trabalhos contaram com  a articulação  entre a Polícia e o Ministério, que já adiantou a deflagração de novas etapas da Operação ao longo do ano.

Além desta pareceria, a Trapaça, como foi batizada esta etapa, também difere da anterior em relação à transparência com o mercado internacional. A mudança partiu de críticas vindas dos próprios compradores, que apontaram a falta de comunicados oficiais durante o processo.  “Já na segunda-feira, fizemos um comunicado à todas as embaixadas para fazerem chegar aos governos. Fizemos isso oficialmente e ficamos abastecendo com informações durante a semana”, disse Maggi.

Recuperação de mercados

Ao longo de 2017 diversas missões internacionais foram realizadas para tentar recurar o mercado perdido após o escândalo Carne Fraca. O trabalho da Mapa surtiu efeito e agora há apenas um país aqui na América Central que não retomou a parceria comercial. Além disso, segundo Maggi há um processo de abertura para a Tailândia, importante destino para a carne bovina, e também para a Coréia do Sul, importante para suínos.

“Temos um problema com a Rússia, que estamos com mercado fechado desde dezembro. Estamos tentando uma reabertura, já fiz todas as concessões que poderíamos fazer e por último envolvi o presidente Michel Temer, pra que ele falasse diretamente com o presidente Putin no sentido de remover as questões políticas, porque as partes técnicas estão resolvidas.”
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