Depois de oito quedas consecutivas o Brasil voltou a registrar um crescimento, ainda tímido, no Produto Interno Bruto (PIB). Para alguns especialistas, o PIB positivo indica uma saída técnica da pior recessão já vivida no País. O ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP), comemorou os resultados e atribuiu a recuperação da economia aos indicadores agropecuários. Isto porque, o PIB do setor cresceu 13,4% no primeiro trimestre, a maior alta em mais de 20 anos, o que puxou a alta de 1% da economia brasileira.

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“É fácil de explicar, primeiro que o agronegócio sempre é a parte da economia que mais tem crescido nos últimos anos. O crescimento de 13,4% é basicamente a recuperação daquilo que nós perdemos no ano passado, são mais de 30 milhões de tonelada de grãos que deixaram de existir no ano passado por motivos de frustração de clima. E obviamente, se a agricultura tem a participação de 5,5% do PIB, no agronegócio e na economia passa de 25%”, explicou o ministro.

O crescimento do PIB da agropecuária representa, ainda, o início de uma nova fase no setor, que amargou em 2016 uma colheita fraca, prejudicada pelo clima ruim e que resultou no corte de centenas de empregos.

Para Blairo Maggi, os resultados poderiam ser ainda melhores caso o setor tivesse mantido os mesmos preços de mercado praticados no ano passado, se considerarmos a safra recorde de grãos registrada em todo o País, principalmente em Mato Grosso, responsável por 25% da produção total no Brasil, segundo estimativas.

“Quando se tem mais volume de mercadorias são fretes maiores, é um volume de combustível, de pneu, pessoas empregadas, serviços, etc. Então, indiretamente a agricultura impulsiona a economia porque tem um volume maior de produção, até com preços menores do que no ano passado. Se nós tivéssemos mantido os mesmos preços com a produção que nós tivemos esse ano, talvez tivéssemos crescido em torno de 17%”, considerou.