Mal começamos o ano e tomamos mais um “cruzado de esquerda” da agência de rating Standard & Poors que ontem rebaixou a nota de avaliação de risco do Brasil. Em setembro de 2015 a mesma agência retirou o selo de bom pagador do Brasil, classificando os títulos brasileiros em BB+ (grau especulativo), seguida em dezembro pela agência Fitch. Mas onde isso pode impactar na economia brasileira?

A resposta é óbvia e farei uma analogia. Quando você, bom cliente bancário, solicita um crédito para trocar de carro, ou adquirir uma casa ou financiar um estudo do seu filho no exterior, o banco começa a lhe ofertar as melhores linhas de crédito, com taxas mais acessíveis e prazos dilatados. O mesmo não acontece quando você está fazendo uso recorrente de créditos rotativos (cheque especial e cartão) ou já está fazendo uso de alguma linha de crédito e necessita de mais um aporte. O banco também observa se a entrada em conta $ vem aumentando ou diminuindo, tendo em contrapartida a sua alavancagem atual e a sua necessidade de mais crédito para cumprir compromissos recorrentes, assim os benefícios das melhores linhas de crédito e taxas de juros acessíveis vão ficando mais distante para você, pois você está se tornando um cliente de maior risco, podendo se tornar inadimplente a qualquer momento. É nessa mesma óptica que as agências de rating partem a sua análise: checam as condições de receitas e despesas do governo, os seus tipos, a sua capacidade de fazer caixa, as expectativas para converter caixa $ em investimentos públicos e privados, melhorando as condições de emprego, renda. Verificam também o fluxo monetário e se a sua velocidade é capaz de fazer a economia girar sem promover inflação. Atrelado a tudo isso, vem o endividamento versus a capacidade de pagamento. Quando observamos as despesas do governo aumentarem e as receitas caírem, aí a luz vermelha ascende. Saibam que um governo ou uma empresa pode até aumentar o seu endividamento, desde que a sua capacidade de pagamento aumente na mesma ordem.

É por isso sofremos mais uma derrota ontem da Standard & Poors.

E a resposta, então, para o impacto na economia é: Pagamento de juros mais altos; menos gente querendo investir no Brasil; menos emprego e renda; $ público que poderia estar sendo convertido em investimento gerando emprego + renda é direcionado para pagamento de juros; menos $ para as necessidades básicas da população como saúde, educação e moradia; perda de credibilidade; evasão de capital estrangeiro e nacional do país; desvalorização cambial; .....; etc.

O governo parece agir como aquele filho que durante o colegial enche os pais de orgulho, dizendo que vai passar no vestibular de uma das 5 melhores universidades do país, mas a sua disposição para namorar, curtir a vida e sua evolução nas fases dos jogos do PS4 é muito maior e melhor do que as suas notas no colégio.

Principais Bolsas Mundiais e índices (11:15):

· Dow 30: ......................................... +1,59% fechamento dia útil anterior

· Nasdaq: ........................................ +2,21% fechamento dia útil anterior

· S&P/TSX:....................................... +2,49% fechamento dia útil anterior

· Ibovespa........................................ -0,59% (em operação)

· DAX: ............................................. +1,58% (em operação)

· FTSE 100: ....................................... -0,40% (em operação)

· CAC 40: ......................................... +0,82% (em operação)

· Euro Stoxx 50: ............................... +0,97% (em operação)

· IBEX 35: ......................................... +0,95% (em operação)

· FTSE MIB........................................ +0,65% (em operação)

· SMI: .............................................. +0,14% (em operação)

· Nikkei 225: .................................... +2,28%

· CSI 300: ......................................... -0,31%

· Hang Seng...................................... +2,32%

· KOSPI: ........................................... +1,32%

O ouro não sugere operar mais a níveis do início de 2016 em virtude dos prognósticos em elevação das taxas de juros americanas não serem elevadas tão cedo e nem nas proporções pretendidas pelo FED. Ontem, em mais um pronunciamento do Federal Reserve, ficou explicito que o ritmo de aumento dos juros dos títulos americanos deverá ocorrer dentro da melhora da economia interna e externa, ou seja, nenhuma das duas está tão próspera e uma elevação nos juros pode impactar nos investimentos e no crescimento econômico dentro e fora do país, sendo assim, algo e muito significativo tem que ocorrer para que o ouro fique abaixo dos US$ 1.150,00 a ozt. Nessa manhã, o ouro é vendido a US$ 1.206,90, queda de -0,37%. Na Parmetal, o ouro iniciou o dia cotado a R$ 151,60 para compra e R$ 153,40 o grama para venda, queda de -0,90%.

Indicadores – Abertura do Mercado:

Ouro – NY (Ozt.) ............................................. US$ 1.207,40....................... +0,33%

Petróleo (Brent) ............................................. US$ 34,83........................... +6,94%

Milho (Ton) .................................................... US$ 367,00......................... +1,14%

Ibovespa (pts.) ............................................... 41.519,68 ........................... -1,37%

Dólar - US$ ..................................................... R$ 3,9845............................ -2,09%

Euro - € .......................................................... R$ 4,4308 ........................... -2,30%

Poupança (mês / Acum. 2016) ........................ +0,6327% ........................... +1,3634%

Inflação – IPCA (mês / 12 meses) .................... +0,96%............................... +10,6735%

Observação: o percentual calculado é feito com relação a cotação de abertura do dia anterior.



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