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Sábado, 04 de maio de 2024

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Diversificação de culturas em Mato Grosso traz segurança de rentabilidade

Foto: Viviane Petroli/Agro Olhar

Diversidade de culturas na lavoura traz segurança de rentabilidade e controle sanitário, afirmam vice-presidente da Aprosoja-MT, Elson Pozzobon, e o produtor de Campo Verde, Alexandre Schenkel

Diversidade de culturas na lavoura traz segurança de rentabilidade e controle sanitário, afirmam vice-presidente da Aprosoja-MT, Elson Pozzobon, e o produtor de Campo Verde, Alexandre Schenkel

Diante o alto custo de produção, o clima e oscilação do mercado de commodities, a diversificação de culturas em uma mesma lavoura é uma alternativa para o produtor ter segurança de rentabilidade. Hoje, é possível ver propriedades com soja e feijão na primeira safra e milho, algodão, girassol e feijão na segunda safra. Tal prática pode auxiliar no controle de pragas e doenças.

A diversidade de culturas em uma mesma lavoura significa não ficar dependente de apenas uma cultura para a receita da propriedade, segundo o vice-presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Elso Pozzobon.

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“Se você tiver uma lavoura diversificada você pode uma cultura melhor de preço e isso pode te dar uma segurança financeira maior. Outro aspecto positivo da diversificação é a questão agronômica, pois plantando uma mesma cultura sucessivamente você pode ter o desenvolvimento de pragas e doenças mais intensamente daquela cultura. Agora, se você tiver a diversificação haverá um intercâmbio entre as diversas pragas e doenças, pois estará rotacionando isso, ou seja, conseguirá manter ainda mais o equilíbrio sanitário da área”, explicou Pozzobon, durante um Dia de Campo promovido pela Aprosoja-MT para jornalistas de Mato Grosso, no último dia 16 de fevereiro, em Campo Verde (130km de Cuiabá).

A diversificação de cultura é uma prática realizada por Alexandre Schenkel em sua propriedade de 720 hectares localizada em Campo Verde. Na primeira safra são semeados entre 420 e 470 hectares com soja e de 150 a 200 hectares com feijão. Já na segunda safra são de 400 a 500 hectares com algodão, 170 a 220 com milho e 50 hectares com feijão.

Schenkel revela que inicialmente plantava-se somente soja e milho na propriedade no início dos anos 2000. Ele comenta que na época o milho não tinha mercado e “era um favor às empresas comprarem o cereal” dos produtores. Conforme o produtor, há cerca de 8 anos é que o milho se tornou uma cultura rentável com a abertura do mercado de exportação e em torno de 6 anos para cá se tornou favorável, após virar uma commoditie.

“Em 2004 tínhamos apenas soja e milho e tivemos uma grande perda, pois não havia mercado para o milho e o preço da soja caiu muito. Então, ficamos na mão de uma cultura. Isso ocorreu em todo o Mato Grosso. O que se procurou fazer? Diversificar. Aqui na propriedade começamos com 15% da área e hoje temos diversificação de cultura na mesma época da soja com o feijão, por exemplo. É uma segurança caso uma cultura venha a dar problemas, seja de perda de produtividade ou preço”, comentou Schenkel ao Agro Olhar durante a visita à sua propriedade, ao revelar que na segunda safra ao invés de semear 100% da área com milho, onde se teria “uma produtividade boa”, optou-se em diversificar com o algodão e o feijão.
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