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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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SEGURANÇA

Situação de emergência é decretada em Sorriso nas áreas afetadas pela estiagem

Foto: Viviane Petroli/Agro Olhar

Além de Sorriso, Ipiranga do Norte já decretou situação de emergência pela falta de chuva

Além de Sorriso, Ipiranga do Norte já decretou situação de emergência pela falta de chuva

Sorriso decretou situação de emergência nas áreas produtivas afetadas pela estiagem entre os meses de setembro e começo de dezembro em 2015, período de plantio da soja. As regiões Norte e Médio-Norte estão entre as mais afetadas pelo stress hídrico. Em algumas lavouras os produtores optaram em semear milho em cima da soja, visto a produtividade constata ter sido na casa de três sacas por hectare.

O Decreto de Situação de Emergência, conforme a Prefeitura de Sorriso, terá vigência de 90 dias. A medida é necessária devido à irregularidade de quantidade e distribuição das chuvas no município, o que causou perdas significativas nas lavouras. Segundo relatos de produtores ao Agro Olhar, em uma mesma lavoura foi possível constatar a ausência e presença de chuva em diferentes talhões.

Ao menos seis cidades localizadas nas regiões Médio-Norte e Norte devem ter situação de emergência declarada por crise econômica em decorrência a falta de chuva no período de floração da soja: Sorriso, Vera, Feliz Natal, Ipiranga do Norte, Nova Mutum, Nova Ubiratã e Gaúcha do Norte.

Além de Sorriso, Ipiranga do Norte também decretou situação de emergência em decorrência ao stress hídrico.

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O Decreto de Situação de Emergência pode garantir reparações legais aos produtores rurais quanto ao cumprimento de seus compromissos com compradores e bancos financiadores, por exemplo, pois trata-se de um prejuízo provocado por questões climáticas.

De acordo com o secretário de Agricultura e Meio Ambiente de Sorriso, Afrânio Migliari, a decisão de decretar a situação de emergência levou em consideração à base econômica do município que é a agricultura, uma vez que a "falta de chuvas provocou perdas significativas nas lavouras, implicando seriamente na redução da receita futura do município. O reflexo das perdas deve aparecer no segundo semestre, quando o comércio local irá sentir com mais intensidade os impactos, pois tivemos perdas não apenas nas grandes propriedades, mas também na agricultura familiar”.

Migliari destaca, ainda, que a Prefeitura de Sorriso desde dezembro acompanha a situação das lavouras do município, juntamente com a Defesa Civil de Mato Grosso. "Solicitamos laudos dos agrônomos para constatarmos a quantidade de fazendas e as principais localidades que apresentavam esse stress climático causado pela falta de água e o calor muito intenso”.

Como o Agro Olhar comentou recentemente, no dia 05 de fevereiro produtores rurais de Sorriso reuniram-se com a Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente e apresentaram a situação constatada nas lavouras do município.

Em algumas propriedades, como relatou à reportagem o vice-presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) e produtor em Sorriso recentemente, Elso Pozzobon, o que tem visto “é uma produtividade pior do que se imagina onde o stress hídrico foi mais forte”. “Recebemos relatos de produtores que plantaram milho em cima da soja, ou seja, não colheram a oleaginosa por verificar que a produtividade na área era de em torno de três sacas por hectare. Aqui em Sorriso, temos o caso de um produtor que plantou 1,2 mil hectares de soja e colheu em média 16 sacas por hectare”.

A estimativa hoje é que a quebra de safra supere as 1,250 milhão de toneladas previstas para o estado. “Para confirmar o real volume temos que esperar a colheita encerrar. Nesta safra em uma mesma propriedade constatou-se situações diferentes na lavoura, por exemplo”, afirmou Pozzobon ao Agro Olhar.
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