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Domingo, 28 de abril de 2024

Notícias | Economia

Contratações do Programa ABC crescem 161,5% em MS em 2012

O volume de recursos liberados para os produtores rurais de Mato Grosso do Sul através de financiamentos do Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC) já cresceu em 2012, apesar do ano não ter sido concluído ainda, 161,5%, em relação a 2011, saltando de R$ 69,1 milhões para R$ 180,7 milhões.

Os dados foram divulgados pela Superintendência do Banco do Brasil em Mato Grosso do Sul. A instituição é a principal operadora do crédito agrícola no País. Segundo a direção do banco no Estado, o crescimento no número de contratos foi ainda maior, 274%, passando de 102 para 382.

Em comparação com 2010 o incremento no uso dos recursos no Estado em 2012 foi ainda mais expressivo. Naquele ano foram liberados R$ 49,8 milhões, por meio de 37 contratos. Isso representa um aumento neste ano de 932% no número de financiamentos e de 262% no volume de recursos liberados.

Entre as principais vantagens do Programa ABC para os produtores, o Banco do Brasil cita a baixa taxa de juros, 5% ao ano, e os prazos de carência, que varia, dependendo da atividade, de dois a oito anos, e de pagamento do empréstimo, que pode chegar até a 15 anos, para o plantio de florestas, por exemplo.

Entre os produtores rurais que já utilizaram os recursos do ABC no Estado está Eduardo Moura. Há cerca de dois anos ele comprou uma propriedade rural de 1.400 hectares em Camapuã, a 135 quilômetros de Campo Grande. A fazenda estava com pasto degradado, áreas verdes não delimitadas e muitas erosões.

Com R$ 1 milhão que financiou através do programa, o produtor revela que resolveu os problemas das erosões, cercou e registrou mais de 400 hectares de área de preservação, inclusive, recuperando o entorno de mais de dez nascentes que estavam ameaçadas, revitalizou as áreas de pastagens degradas e ainda diversificou as atividades, investindo além da pecuária no plantio de soja.

De acordo com Moura, sem os recursos do Programa ABC não seria possível salvar a propriedade. Ele diz que um dos aspectos que mais chamou sua atenção em relação aos recursos foi a baixa taxa de juros e o prazo de carência para começar a pagar a dívida.

Conforme o superintendente do Banco do Brasil em Mato Grosso do Sul, Marco Tulio Moraes da Costa, o interesse crescente pelo ABC pode ser traduzido no aumento do número de operações de financiamento do programa já concluídas e ainda nas que estão em análise pelo banco no Estado, e que totalizam outros R$ 82 milhões.

Além de recuperar áreas degradadas, o Banco do Brasil aponta que os recursos do ABC podem ser utilizados também para projetos de plantio direto (palha), integração lavoura-pecuária-floresta, plantio de florestas comerciais, plantio de culturas que fazem a fixação biológica de nitrogênio no solo e tratamento de resíduos animais.
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