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Meritocracia

Carlos Elias Jr.

Hoje me dia existem jargões  na gestão das empresas que, já em 2008, implementamos e atingimos sucesso como o tema deste artigo: Meritocracia. Não existia, como até hoje não existe (pelo menos não encontrei), literatura. Fesenvolvemos na raça, no peito (na verdade meu guia foi o livro Sonho Grande, do Jorge Paulo Lemann – e sua trajetória de sucesso como empreendedor). Contamos com o apoio de amigos do meu MBA que já tinham algo engatinhando em suas empresas, parceiros de negócios, colaboradores que traziam a idéia e a lapidávamos.Para mim, Meritocracia virou um mantra na empresa e fez escola.

Existe uma mística e, ao mesmo tempo, uma banalização sobre Meritocracia. Do meu ponto de vista simplista e experiência, Meritocracia é: você ganha, se a companhia ganha, e todos ganham (direta ou indiretamente).

Meritocracia é algo dinâmico, nervoso. Tem que ser muito bem estudada, implementada e acompanhada.

Todos tem que ter metas. Sem meta não se atinge resultados. E meta não é Meritocracia. Meta é dever, é um número, um projeto, um desafio que o profissional acordou com a companhia para permanecer em seus quadros. A Meritocracia é mais. É fazer além. É cumprir suas metas e trazer benefícios diretos e indiretos para a empresa. Ela tanto pode ser um canhão, um boom de vendas, quanto perversa quando mal aplicada. Não adianta colocar regras de Meritocracia inatingíveis, mata a motivação. Isso é enganar sua própria equipe . Meritocracia não é, tampouco, premiação. A premiação está atrelada diretamente à metas. Meritocracia é muito difícil de se mensurar. Todos os departamentos de uma empresa podem ter um programa de Meritocracia. E como mensurar cada um? Aí está o grande desafio para a companhia.
Vamos aos clássico departamento de vendas: O vendedor tem sua meta de vendas. Ele se esforçou mais, foi além, viu, percebeu que sua Unidade de Negócios precisava de alavancagem em um produto, uma linha, um trabalho diferenciado com clientes de sua carteira: se destacou! Vai ganhar a foto do Colaborador do Mês! NÃO!  Isso não é Meritocracia. Ele precisa ser recompensado de outra maneira. Meritocracia não é apenas um bônus à mais. Pode ser:

Dinheiro
Promoção
Mais oportunidades de crescimento
Um mix de benefícos


EtcE aí temos uma variável nefasta: Ciúmes. O colaborador pode ter um excelente desempenho, conquistar os Marcos que a empresa entende que o elevam à um grau meritocrático, e seu gestor, seu Mentor não tem o mesmo desempenho. ELE NÃO PRECISA FAZER O QUE SEU COLABORADOR FAZ! Cada um em seu quadrado. O que a companhia precisa ver e o gestor aplicar é que, se ele tem em seus quadros colaboradores que merecem ser agraciados com seja qual for a compensação meritocrática, o Gestor também o merece, a não ser que seja uma Unidade de Negócios de uma só estrela. Ninguém vai à lugar alguma sozinho. Teamwork, trabalho em equipe é fundamental. A Unidade de Negócios impreterivelmente precisa atingir seus objetivos, e o desempenho meritocrático de um ou mais colaboradores é a Cerejinha do Bolo, é o Plus, o Algo à Mais. E como monitorar isso? Lembra que no começo deste artigo escrevi que Meritocracia é algo dinâmico, nervoso. Tem que ser muito bem estudada, implementada e acompanhada. Então. Motive-se, e visualize sua empresa com excelentes resultados, com muito cuidado e preparação. Se não estudar à fundo cada gatilho e, principalmente, como fazer o acompanhamento será um tiro no pé. E este acompanhamento é individual, precisa necessariamente ser isento. Fulano é meu amigo e este mês vendeu 10% à mais. Isso não é meritocracia. Isso é desempenho que deve ser compensado com sua comissão de vendas, de maneira natural e ordinária como em toda empresa. Não existe um manual de meritocracia que pode ser escrito por uma empresa. É um fator intangível. Intangível e não inatingível. E principalmente não use todo o oxigênio de sua empresa em Meritocracia. Você pode matar seu caixa.

E como começar?Começa-se a um ambiente meritocrático com muito cuidado, de baixo. Conforme vai se consolidando, sobe de posição em posição na hierarquia da empresa – que se adequada aos tempos modernos é bastante enxuta.

Iniciativas como redução de x% de energia em uma Unidade de Negócios, e este percentual se manter, não ser um esforço único, pode vir a se tornar um movimento meritocrático e, com isso, naturalmente se cria um ambiente meritocrático.

Finalizando, Meritocracia não é uma ciência, não tem receita de bolo, é particular à cada Empresa, Unidade de Negócios, Gestor, Colaborador, voltado à resultados positivos e permanentes. E é isso o que a faz tão atraente e difícil de achar uma descrição definitiva no DR. GOOGLE (pesquisei, e muito, para escrever sobre meritocracia. Decidi colocar minha visão, 100%).
 
*Carlos Elias Junior tem MBA pelo OneMBA – Global Executive Program
Apaixonado por inovação, geração de novos negócios (startups), por geração / formação de equipes. Especialista em aplicar choque de gestão em empresas em dificuldade e aplicar gestão em empresas em crescimento. Acredita em Liderança Servil, Governança Corporativa, Estilos de Liderança, Meritocracia aplicada à toda a empresa.
Empreendedor serial, Mentor e Palestrante
Contato: jreliasbr@gmail.com
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